Anjos querubins são uma classe específica de seres angelicais mencionados nas escrituras. Eles são criaturas espirituais criadas por Deus, não humanos que alcançaram um status divino. A Bíblia os descreve com características próprias que os distinguem de outras ordens de anjos. Sua existência está ligada à santidade e à presença de Deus, desempenhando funções importantes no plano divino. Os querubins são parte da hierarquia celestial e servem propósitos diretos estabelecidos pelo Criador.
Na Bíblia, os querubins aparecem em passagens significativas. Em Gênesis 3, são colocados para guardar o caminho da Árvore da Vida. No livro de Êxodo, Deus instrui a Israel a colocar duas figuras de querubins sobre o propiciatório da Arca da Aliança. No livro de Ezequiel, eles são descritos com detalhes visuais, incluindo quatro faces (de homem, leão, boi e águia) e quatro asas. Estas descrições apontam para sua natureza poderosa e sua ligação com a glória divina.
O papel principal dos querubins é atuar como guardiões da santidade e da presença de Deus. Eles protegem o acesso a elementos ou locais sagrados, assegurando que a glória divina seja respeitada. São frequentemente associados ao trono de Deus, sendo descritos como sustentando-o ou transportando-o. Os querubins também participam da adoração celestial, louvando a Deus continuamente. Sua presença reforça a majestade, o poder e a ordem estabelecida no universo espiritual.

A Primeira Menção dos Querubins na Bíblia
A primeira menção dos querubins na Bíblia ocorre no livro de Gênesis, especificamente no capítulo 3, versículo 24. Este evento sucede a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, após terem desobedecido a Deus e comido do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus, então, age para proteger um outro elemento crucial no Jardim, implementando uma medida de segurança divina.
Nesta passagem, os querubins são posicionados por Deus para uma função específica e vital. O texto bíblico indica que eles foram colocados para guardar o caminho da árvore da vida. O objetivo era impedir que o homem estendesse a mão, tomasse também da árvore da vida, comesse e vivesse eternamente em seu estado de pecado. Esta é uma função de barreira e proteção divina, estabelecendo um limite claro.
Adicionalmente, junto com os querubins, Deus colocou uma espada flamejante que se revolvia para guardar o caminho da árvore da vida. Embora a descrição física detalhada dos querubins não seja fornecida neste primeiro momento, a presença da espada flamejante enfatiza a seriedade e a natureza inegociável da proibição divina. Eles representam a vigilância e a execução do decreto de Deus, impedindo o acesso humano.

Características e Descrição dos Querubins
Os querubins são descritos na Bíblia com características visuais distintas e complexas. Sua aparência é majestosa e imponente, simbolizando poder e santidade divina. Geralmente possuem múltiplas faces, combinando traços humanos e animais, e asas em número variável. Eles estão frequentemente associados à glória de Deus e à proteção de espaços sagrados. Sua descrição detalhada em textos como Ezequiel revela seres com atributos múltiplos que refletem a natureza transcendente de Deus.
No livro de Ezequiel, os querubins são descritos com quatro faces: uma de homem, uma de leão, uma de boi e uma de águia. Cada um deles possui quatro asas que cobrem seus corpos, e sob as asas, mãos de homem. Seus pés são retos e brilham como bronze polido. Adicionalmente, rodas cheias de olhos são frequentemente mencionadas ao lado deles, indicando mobilidade e percepção completa. Esta descrição ressalta sua função como guardiões e mensageiros da vontade divina.
As características físicas dos querubins se conectam diretamente com suas funções. As múltiplas faces indicam vigilância e conhecimento abrangente. As asas simbolizam velocidade e capacidade de se mover entre o céu e a terra. Sua presença é ligada à manifestação da glória de Deus, atuando como protetores do caminho para a árvore da vida no Éden. Eles também guardavam a Arca da Aliança, representando a santidade e majestade divinas, servindo como elementos do trono de Deus e sua presença.

Funções Principais dos Anjos Querubins
Os anjos querubins possuem a função primordial de guardiões. Eles foram posicionados por Deus na entrada do Jardim do Éden, após a expulsão de Adão e Eva, para impedir o acesso à Árvore da Vida. Esta função de guarda se repete na descrição do Tabernáculo e do Templo. Imagens de querubins adornavam o propiciatório da Arca da Aliança e as cortinas do santuário, simbolizando a proteção da santa presença divina e do acesso ao trono de Deus. Eles atuam como sentinelas.
Outra função importante dos querubins é a de sustentar o trono de Deus. Na visão do profeta Ezequiel, os querubins são descritos como criaturas vivas que carregam o carro-trono celestial, movendo-se conforme a vontade divina. Esta representação mostra os querubins como parte integrante da manifestação da glória e da soberania de Deus. Eles estão diretamente conectados à mobilidade e à presença de Deus, servindo como base para seu domínio universal e sua autoridade.
Os querubins também desempenham um papel na proclamação da santidade e da majestade de Deus. Sua constante presença nas proximidades da glória divina os associa à pureza e ao poder de Deus. Eles servem para acentuar a distância entre o sagrado e o profano, sublinhando a inacessibilidade da plenitude da divindade ao homem pecador. Sua existência e ação glorificam a Deus, refletindo sua santidade e inspirando reverência perante seu poder supremo.
Querubins no Tabernáculo e no Templo
Os querubins desempenharam um papel fundamental na estrutura do Tabernáculo, que servia como local de adoração itinerante para os israelitas. A representação mais proeminente dos querubins estava no propiciatório, a tampa da Arca da Aliança. Dois querubins de ouro batido ficavam em cada extremidade do propiciatório, com suas asas estendidas para cima, cobrindo-o. Suas faces estavam voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório. Eles simbolizavam a guarda da santidade da presença divina e o acesso ao local da expiação. Este arranjo era crucial para a teofania.
Além do propiciatório, a imagem dos querubins era repetida em outros elementos do Tabernáculo. As cortinas internas do Tabernáculo, que dividiam o Santo Lugar do Lugar Santíssimo, eram bordadas com figuras de querubins. O véu que separava essas duas áreas também possuía querubins. Esta repetição visual reforçava a ideia de que todo o espaço do Tabernáculo era sagrado e delimitado pela presença e proteção divina, acessível por meio da mediação sacerdotal. A presença deles indicava santidade.
No Templo construído por Salomão, a presença dos querubins foi ampliada e magnificada. No Lugar Santíssimo, foram esculpidos dois grandes querubins de madeira de oliveira, cobertos de ouro. Eles eram maiores que os do Tabernáculo, com suas asas estendidas cobrindo todo o espaço, servindo como guardiões da Arca da Aliança, que foi colocada sob suas asas. Querubins também foram esculpidos nas paredes, portas e móveis do Templo, reiterando sua função de delimitar e proteger o sagrado.

O Significado dos Querubins
O termo “querubim” deriva do hebraico “keruv”, cujo significado está associado a “guardião” ou “aquele que protege”. Na escritura bíblica, os querubins representam uma categoria específica de seres celestiais, distinta de outros tipos de anjos. Sua função principal é proteger a santidade e a presença de Deus, bem como locais sagrados. Eles exercem um papel de vigilância, assegurando a ordem e a pureza em contextos divinos e terrenas.
A primeira menção de querubins na narrativa bíblica ocorre em Gênesis, onde são designados para guardar o caminho para a Árvore da Vida, após a expulsão de Adão e Eva do Éden. Essa passagem firma seu papel como protetores contra o acesso indevido ao que é santo. Mais tarde, no Êxodo, instruções detalhadas descrevem figuras de querubins esculpidas sobre a tampa da Arca da Aliança. Eles protegiam o local da presença divina.
Em visões proféticas, especialmente no livro de Ezequiel, os querubins são descritos como seres que sustentam ou movem o trono de Deus. Eles são parte integrante da manifestação da glória divina, servindo como elementos que realçam a majestade e a onipresença de Deus. Esta descrição os associa diretamente à soberania e ao poder celestial. Eles não são meros adornos, mas sim agentes ativos da vontade divina.








