Este artigo explora a natureza do amor, distinguindo entre as manifestações do ego e da essência divina. Humanos possuem uma dualidade, sendo uma fagulha de Deus e também o ego. O ego possui limitações para compreender o amor incondicional, focado em condições.
A capacidade de amar incondicionalmente reside na partícula divina de cada indivíduo. O ego, por sua vez, compreende apenas o amor condicional, enxergando tudo como objeto. Para o ego, o amor funciona como uma troca ou comércio, baseado em termos e condições específicas.
As Características do Amor Condicional
O amor do ego é sempre condicional. Ele se manifesta com a presença de um ‘se’, como ‘o ego só ama se for bonito’. Qualquer condição associada ao amor indica uma manifestação egoica, não um amor incondicional. Esta é uma etapa de aprendizado.
Para o ego, a outra pessoa é vista como separada, um objeto a ser conquistado. O ego busca posses, como ‘minha mulher’ ou ‘meu cargo’. Este é o nível mais básico de amor, onde o sentimento é concedido apenas sob condições de posse ou pertencimento.
O conceito de amor romântico, popularizado a partir do século XIX, transformou o amor em um objeto para o ego. Ele idealiza o amor, tornando-o algo que pode ser comercializado ou trocado. O ego usa este conceito para impor termos e requisitos.
O Amor como Objeto de Troca e Comércio
O amor condicional se manifesta em trocas diárias, como ‘eu só te amo se sua sopa estiver pronta’. O ego estabelece uma lista de requisitos para oferecer seu afeto. Se essas condições não forem atendidas, o amor do ego pode ser retirado.
A sociedade atual muitas vezes baseia-se no comércio do amor. Pessoas investem em aparência para se tornarem objetos desejáveis, buscando ‘o direito de ser amado’. Esta dinâmica gera esforço constante para atender às expectativas alheias, mantendo o amor condicional.
O mito da alma gêmea também serve como objeto de comércio. Ele sugere uma única pessoa para toda a eternidade, limitando infinitas experiências. Essa ideia contrasta com a natureza infinita da existência, onde múltiplos encontros contribuem para a evolução individual.
O Respeito como Pilar do Amor Verdadeiro
Não existe amor sem respeito. O respeito envolve aceitar o outro como ele é, com suas opiniões e perspectivas. Querer mudar o outro ou impor regras específicas, como preferência por um time, demonstra a ausência de respeito e um amor condicional.
A sociedade criou categorias de amor, como ‘amor de mãe’ ou amor baseado em gênero. Estas classificações limitam a compreensão do amor real e universal. O amor não deve ser fragmentado ou padronizado, mas sim experienciado de forma abrangente.
Qualquer tentativa de troca ou de usar o amor para escravizar o outro não é amor. O amor egoico busca subjugar e controlar. Ele não oferece liberdade de expressão nem compreende as visões de mundo do próximo, afastando-se do verdadeiro sentido.
A Natureza do Amor Incondicional e Divino
O amor incondicional representa a frequência vibracional mais elevada. Ao atingir este nível, reconhecemos que tudo e todos são manifestações de Deus. Esta compreensão integra o ser com o Criador, dissolvendo a ideia de separação individual.
Deus não domina nem julga, mas respeita cada partícula de si mesmo. O amor incondicional implica respeito por todas as formas de vida, independentemente de raça, sexo ou condição social. Enxergar o divino em tudo é a base do respeito verdadeiro.
O amor incondicional permite a liberdade e o desapego. Sofrer pela perda de alguém ou algo é uma reação do ego. A essência divina não perde, pois ela é tudo. O desapego nos ensina a valorizar o presente, compreendendo a impermanência.
