A questão sobre o propósito da nossa existência na Terra não possui uma resposta única. Respostas simplistas, frequentemente ligadas a dogmas religiosos, podem limitar a compreensão. É essencial analisar esta questão profundamente.
Este texto explora diversas perspectivas sobre a presença humana neste planeta. O objetivo é fornecer informações diretas para que cada pessoa possa refletir sobre seu próprio propósito, afastando-se de visões predefinidas e complexas.

A Visão Materialista da Vida na Terra
Para a visão materialista, a vida começa e termina aqui. A função primordial da existência humana no Planeta Terra é a perpetuação da espécie. Esta perspectiva foca no ciclo biológico da vida e da reprodução.
Muitos materialistas acreditam que o propósito principal é deixar um planeta melhor para as gerações futuras. Isso envolve aprimorar a humanidade, o ecossistema e o nível de conhecimento disponível. É uma contribuição para o coletivo.
Assim, a sucessão de gerações aprimora ou deteriora o planeta. A função humana é reproduzir, perpetuar a espécie e legar um ambiente melhor ou pior. Após a partida individual, tudo cessa, encerrando a existência.
A Crítica à Ideia de Pagar Dívidas Kármicas
A premissa de que viemos à Terra para ‘pagar dívidas’ é um paradigma comum. Esta visão sugere que a vida terrestre é um meio de quitar débitos de existências passadas, através de sofrimento contínuo e provações.
No entanto, esta lógica questiona a natureza do sofrimento se ele se estende após a desencarnação, para locais como o Umbral. Se a pessoa sofre aqui e continua a sofrer lá, o ciclo parece interminável. Não há lógica em sofrimento eterno.
O sofrimento é causado pela ignorância das regras universais, não por uma dívida divina. O apego a bens e pessoas gera sofrimento, pois nada é de fato possuído. A Terra não é um local para pagar débitos.

Terra como Laboratório de Experiências Conscienciais
Uma perspectiva é que a vida na Terra é um grande laboratório de experiências. Como ir a um parque temático ou andar em uma montanha-russa, o propósito é viver sensações e coletar informações. A duração é irrelevante frente à eternidade.
Seres que vivem em outras dimensões, sem contato com certas emoções, podem buscar experiências aqui. A Terra oferece a oportunidade de sentir dor, apego, amor, saudade e alegria em um corpo físico, expandindo a consciência individual.
Cada ser está aqui por um motivo distinto, como em um grande porto consciencial. A vida no corpo físico permite uma redução energética, fazendo com que certas emoções sejam experimentadas de forma mais gerenciável para o aprendizado.
A Missão de Vida e a Valorização do Momento Presente
A busca por uma ‘missão de vida’ complexa é frequentemente uma construção do ego. A vida não é um quartel-general que exige cumprimento de tarefas específicas ou a busca por medalhas de reconhecimento. A vida é simples em sua essência.
A verdadeira ‘missão’ reside na vivência plena dos momentos simples. Sentir o sol no rosto, abraçar um filho, apreciar um chocolate. Estas são as experiências que trazem profundidade e significado, percebidas no fim da vida.
A sabedoria consiste em compreender a impermanência de cada momento e vivê-lo com intensidade. Não é preciso esperar a perda para valorizar a vida. O foco deve ser no presente, no que este momento pode oferecer em sensações e aprendizado.







