A discussão sobre as sombras do ego requer uma compreensão prévia do próprio ego. Este texto aborda o ego de uma perspectiva racional e metafísica. Inicialmente, exploraremos os conceitos psicanalíticos, avançando para uma visão multidimensional da consciência humana.
No século XIX, Freud iniciou o estudo da psique humana. Ele propôs uma divisão em Id, Ego e Superego, estabelecendo as bases para a compreensão moderna do ego. Seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da psicologia.

As Perspectivas de Freud e Jung sobre o Ego
Freud definiu o Id como a parte mais primitiva, ligada a desejos orgânicos. O Ego surge para regular esses impulsos animais, mediando entre os instintos e as regras sociais.
O Superego é a terceira parte, formada por crenças sociais, educação e religião. Ele atua controlando tanto o Id quanto o Ego, estabelecendo padrões morais e éticos para o comportamento.
Jung, discípulo de Freud, introduziu o conceito de Self. Para Jung, o Self representa a totalidade do ser, o inconsciente profundo. O Ego é apenas uma pequena parte consciente, a “ponta do iceberg” da nossa identidade.
O Ego no Contexto dos Corpos Dimensionais
Dentro de uma visão metafísica, existem cinco corpos dimensionais: físico, etérico, astral, mental inferior e mental superior. Juntos, eles compõem a realidade física onde a consciência se ancora.
O Ego não é uma entidade concreta, mas uma força psíquica, uma frequência vibracional. Ele está localizado no corpo mental inferior. O Self, ou eu verdadeiro, reside no corpo mental superior.
Cada corpo armazena informações. O corpo astral guarda sentimentos e emoções. O corpo mental inferior armazena o Ego, nossa personalidade individual. O mental superior contém a essência divina e a consciência total.

A Função do Ego e a Ordem da Realidade
O Ego existe como um instrumento para o Criador se individualizar. Ele permite que frequências vibracionais abstratas ganhem identidade e personalidade, organizando o mundo em “caixinhas” distintas.
Carlos Castaneda descreveu o Nagual como o abstrato puro, sem forma. O Tonal é o que organiza e dá forma à realidade. O Ego atua como o Tonal, categorizando e dando sentido ao que percebemos.
Nosso cérebro, através do Ego, transcodifica frequências vibracionais em objetos e significados. O Ego é essencial para nomear e compreender o mundo. Sem ele, a realidade não teria sentido para nós.
Compreendendo e Integrando as Sombras do Ego
As sombras do ego surgem da individualização e da percepção de separação. Elas são manifestações de nossos instintos básicos: medo, ira, luxúria. Um ego imaturo tem dificuldade em controlá-los.
Reprimir essas sombras não as elimina; ao contrário, as fortalece internamente. Essa repressão cria uma “panela de pressão” psíquica que, quando liberada, causa explosões emocionais e danos sociais.
O manejo das sombras exige observação consciente e autocompaixão. É preciso admitir sua existência sem julgamento. Compreender o funcionamento das sombras permite despressurizá-las e integrá-las de forma equilibrada.







