A felicidade não é uma questão de existência, mas de definição e localização. Ela não se manifesta como algo material ou tangível; não pode ser conquistada, possuída, comprada ou ganha. A felicidade é abstrata, não um objeto a ser acumulado ou um objetivo final na vida.
Para compreender o que é felicidade, é preciso primeiro identificar o que não é. A tristeza, agonia e depressão são causadas pela ignorância. Quanto maior a sabedoria, ou seja, o conhecimento das leis do universo e da própria realidade, maior a tendência à felicidade.

Felicidade Não é Uma Conquista Externa
Muitas pessoas buscam a felicidade em objetos materiais, cargos ou relacionamentos. A sociedade atual frequentemente direciona a atenção para conquistas externas, associando o bem-estar à aquisição de bens ou status. Esta visão sugere que a felicidade reside fora do indivíduo.
A felicidade não é um bem concreto, nem algo que o dinheiro possa comprar ou que possa ser negociado. Em uma sociedade materialista, que valoriza objetos, é comum associar felicidade à posse e à conquista material, gerando uma busca incessante por mais.
Este ciclo de troca e busca contínua por bens ou posições sempre adia a felicidade. O ego está constantemente insatisfeito, buscando o próximo objeto ou conquista, como uma criança mimada que nunca se contenta com o que tem.
O Papel do Ego na Busca Pela Felicidade
A ideia de felicidade genuína apavora o ego. Quando se atinge a felicidade interior, a necessidade de conquistar, dominar ou possuir termina. A felicidade representa a realização máxima do estado de ser, tornando irrelevantes os anseios do ego.
Uma pessoa feliz não se preocupa com títulos, cargos, diplomas ou posses materiais. Ela não busca validação externa ou respeito alheio. O ego sente-se ameaçado por esta condição, pois perde sua utilidade quando o indivíduo está satisfeito.
O ego engana-se e joga a felicidade para o futuro, com frases como ‘quando eu tiver…’. Este mecanismo impede a experiência da felicidade no presente. Pessoas que alcançam a felicidade podem incomodar o ego alheio, pois não se encaixam no ‘clube dos insatisfeitos’.

Felicidade é Sabedoria e Uma Escolha
A felicidade é uma escolha consciente, feita a cada segundo. A ignorância é a principal causa de todo sofrimento. Compreender que as coisas materiais quebram, deterioram e se perdem é um passo fundamental para o bem-estar.
Nada é permanente; objetos materiais não nos pertencem. A morte demonstra que somos donos de nada, nem mesmo do nosso corpo. Ignorar essa realidade leva ao sofrimento e à tristeza por perdas que são naturais da existência.
A sabedoria implica em aceitar as leis da vida e do universo. Lutar contra a realidade, como a impermanência e a finitude, causa sofrimento. Observar e entender o funcionamento da natureza e da sociedade é essencial para uma vida feliz.
Superando a Ignorância e o Apego
O apego a coisas, pessoas, títulos e cargos afasta a felicidade. É preciso reconhecer que títulos e posses são irrelevantes para o universo; o que importa é a frequência vibracional e a consciência individual. O orgulho e a vaidade também geram infelicidade.
A vaidade, por exemplo, gera insatisfação com o próprio corpo ou aparência. É um fato natural que o corpo físico envelhece e se deteriora. Não aceitar este processo biológico natural é uma forma de ignorância que leva ao sofrimento.
Assumir os próprios erros é crucial para o aprendizado e a evolução. Atribuir a culpa da infelicidade a outros impede o autoconhecimento e a mudança. Compreender as regras do universo e expandir a consciência são passos para superar a ignorância e o sofrimento.







