A ideia de iniciar na espiritualidade surge quando há um sentimento de desconexão. Contudo, este artigo explica que não existe separação entre o material e o espiritual. Tudo é material e espiritual simultaneamente, e nunca estivemos fora da espiritualidade.
A experiência humana na Terra é uma jornada espiritual. Consciências encarnam em corpos físicos para vivenciar experiências. Nascemos na espiritualidade, vivemos nela e permaneceremos nela. A desconexão é uma percepção limitada.

A Indissociabilidade do Material e Espiritual
Não existe distinção entre material e espiritual; ambos coexistem. Mesmo outras dimensões, como a astral ou a quinta, são tão materiais quanto a nossa. Tudo é composto por estruturas atômicas, desde nosso corpo físico até nosso corpo astral, confirmando a materialidade universal.
A realidade da matéria e do espírito é interligada. O átomo e suas partículas, como prótons e elétrons, são a base de tudo que existe, seja visível ou invisível. Não há nada que não seja atômico nem que não seja espiritual, indicando uma unidade fundamental.
Nunca estivemos separados da espiritualidade, pois somos uma emanação do Criador. A vida na Terra é uma experiência espiritual contínua, onde a consciência se manifesta. A percepção de separação é uma ilusão que a humanidade desenvolveu ao longo do tempo.
Religião, Dogmas e a Separação Falsa
No planeta Terra, o contato com a espiritualidade frequentemente ocorre através das religiões. Estas instituições, criadas por seguidores de profetas como Cristo ou Buda, buscavam explicar o invisível. Contudo, os próprios fundadores não visavam criar dogmas ou igrejas.
Religiões estabeleceram dogmas e leis, sugerindo um manual para alcançar um reino dos céus e a conexão com Deus. A ideia de ‘religar’ pressupõe uma desconexão prévia. No entanto, o ser humano nunca esteve desligado do divino, pois é parte integrante dele.
Somos emanações do Criador, células de Deus. A individualização no planeta Terra, através de egos e máscaras, permite que o Criador se manifeste em diversas formas. Não há separação; somos divinos e não precisamos de rituais para nos conectar com algo que já somos.

O Equilíbrio entre Ego e Divino
O ser humano é duplo, composto por ego e divino. Essa dualidade gera pensamentos construtivos e destrutivos, resultando em um conflito existencial. Compreender essa natureza dupla é o primeiro passo na espiritualidade, aceitando que somos luz e destruição.
O objetivo na espiritualidade é equilibrar ego e divino, permitindo que o divino utilize o ego de forma sadia. O ego não é eliminado, pois ele representa a individualidade. O equilíbrio, como o Yin e Yang, permite que a máscara ceda espaço ao aspecto mais sublime.
A sociedade atual supervaloriza o ego através da comparação e da exaltação das diferenças. Isso leva a um desequilíbrio, onde o divino se recolhe, diminuindo a energia vital. A falta de vida plena e o surgimento de doenças e problemas psicológicos são resultados diretos.
Meditação e Autoconhecimento: Caminhos para o Equilíbrio
A meditação é uma ferramenta principal para equilibrar ego e divino. Ela silencia o ego, abrindo espaço para a manifestação do divino. Treinar a meditação gradualmente cria lapsos de silêncio mental, permitindo que o divino se revele.
O autoconhecimento, que envolve a compaixão por si mesmo, é crucial. É necessário olhar para as próprias sombras – orgulho, raiva, inveja – sem julgamento. Assumir e compreender essas características do ego, em vez de lutar contra elas, diminui sua força.
Viver a vida humana plenamente, com suas fraquezas e virtudes, sem culpa, é essencial. A culpa fortalece o ego, enquanto a aceitação e a compaixão por si curam. Entender que errar faz parte da jornada humana promove o equilíbrio entre ego e divino.







